Os 05 passos para lidar com um erro de trabalho e seguir em frente

31.08.2020 | Talentos

Os 05 passos para lidar com um erro de trabalho e seguir em frente

Temos uma relação muito complicada com o erro. Sabemos que ele faz parte e ainda assim errar é visto como algo inadmissível e vergonhoso. No ambiente de trabalho, errar pode gerar sentimento de impotência ou inadequação. Algo extremamente perigoso para o bom desempenho, engajamento e produtividade. Neste artigo você aprenderá os cinco passos para lidar com um erro e seguir em frente.

Errar é humano, mas…

Seja pelo senso de responsabilidade ou autocobrança, buscamos produzir com o menos de falha possível. Nós enxergamos o erro como sinal de inaptidão, incompetência ou simplesmente indiferença. Temos um estoque de justificativas para provar o incômodo que o erro é e causa. Mas ainda assim ele faz parte. Só não erra quem não existe, ou seja, existir envolve saber conviver com erros.

No ambiente de trabalho errar pode ser uma falta intensa a ponto de se tornar registro histórico, literalmente. Em dezembro de 2018, o erro de um estagiário causou prejuízo de dez milhões de dólares à empresa em que trabalhava: o Google. Porém, o dano fez a gestão perceber uma defasagem em seus sistemas de controle de veiculação publicitária.

Este exemplo mostra que errar é algo realmente democrático: acontece até com gigantes como o Google. O erro nos obriga ao exercício de usar a criatividade no manejo da crise que vem em consequência a ele, seja você membro de equipe ou líder.

… persistir no erro é inaptidão

Ao persistir no erro, consideramos mais a falha do que nossa capacidade criativa de buscar por uma solução. Isso gera dispêndio de energia, sentimento de culpa, impotência e inadequação. Como consequência, a performance fica comprometida e ainda outros podem se prejudicar com esse entrave no processo de trabalho. Como, então, lidar com um erro de trabalho e seguir em frente? Veja os cinco passos a seguir.

Os 05 passos para lidar com um erro de trabalho

Passo 01. Autorregulação emocional
A respiração é primeira coisa a ser afetada em momentos de tensão, medo e estresse – sensações que podem vir a partir de um erro. A autorregulação só é possível através do controle de nossa respiração. A partir disso, oxigenamos nosso cérebro e damos espaço para possíveis soluções ocuparem o lugar do desespero ou sentimento de impotência.

Passo 02. Mudança de set
A mudança na postura e até mesmo de ambiente, nem que seja por um momento breve, é uma estratégia que contribuir para a construção de alternativas mais cabíveis. Não se trata de afastar-se do problema gerado, mas de traçar outras rotas para enfrentá-lo. Se você está de pé, sente-se. Se recebeu a notícia ou percebeu o erro quando sentado, levante-se e vá para outro ambiente regular a respiração.

Passo 03. Aposte na criatividade com um brainstorming
Apostar na criatividade no meio do problema gerado pode ser um desafio. O objetivo é pensar na ação mais cabível para gerar uma solução. Neste passo, fazer um brainstorming (chuva de ideias) é uma técnica útil e compatível com a situação. As ideias que surgirem precisam ser acolhidas sem julgamentos, anotadas para filtragem e análise até encontrar uma que seja adequada para execução.

Passo 04. Pedir por um feedback
Após o gerenciamento da crise, é importante que se peça um feedback a respeito do que aconteceu. Ele precisa englobar desde o erro cometido até a solução encontrada. Afinal, focar no erro quando a situação foi controlada é desconsiderar a performance envolvida no manejo da situação. Um feedback genuíno irá considerar todo o processo e não deve se resumir a mera crítica. O objetivo é ter uma melhor compreensão do que aconteceu.

Passo 05. Exercitar o otimismo
O otimismo, em resumo, diz respeito à como encaramos as circunstâncias. Ao exercitar o otimismo forçamos nosso cérebro a enxergar algum ponto positivo nelas e, assim, fazemos de nossos erros fonte de aprendizado e não de culpa. Como não dá para descartá-los nem esquecê-los, é preciso humanizá-los. Como assim?

A maneira como olhamos para nossos erros diz muito de nossa visão de mundo, capacidade de enfrentamento, estilo de aprender e de trabalhar. Se o erro é enxergado sempre como falta de inaptidão, impedimos a nós mesmos, colegas e equipe de trabalho de incrementar a performance. Portanto, é possível seguir em frente mesmo errando – afinal, quem nunca errou é porque nunca tentou.